Eu prometi, muita gente perguntou, mas fato é que não tinha conseguido ainda sentar para escrever o post sobre tecidos. Já teve até gente me perguntando qual tipo de tecido seria melhor pra fazer um vestido assim e assado e WOW, galera, aqui me coloco também numa posição de ignorante do assunto, rs! Certamente uma costureira vai poder orientá-las mais sobre tecidos especificamente para cada caso, pois são muitos tipos.
Definitivamente uma das coisas que quero fazer na sequência é estudar mais sobre esse tema. Pesquisar tipos de tecidos, entender mais sobre fibras, processos, qual o melhor para cada estilo de vida, essas coisas. Mas posso dizer que já aprendi muito, já consigo diferenciar tramas sintéticas das naturais, sabem? Sei que muitas devem achar isso uma bobeira, como assim eu não sabia algo tão elementar? Mas quando a gente é alheia a algo, infelizmente não percebe mesmo. Eu chegava na loja, a vendedora falava que era seda e eu acreditava. Agora eu já percebo claramente a diferença no toque; seda é uma coisa de Deus, bem suave, poliéster tem variações na sua trama que o caracterizam mais grosseiramente no toque ou mais sutil.
O que caracteriza essa textura é a diferença entre as fibras: a seda é um tecido feito de fibras naturais enquanto o poliéster é um tecido de fibras sintéticas, ou seja, artificiais.
As fibras naturais são o algodão, o linho, a lã e a seda, todos de origem animal ou vegetal. Eles duram mais e são mais confortáveis. Além disso, não dão cheiro ruim, sabem? O corpo “respira” melhor quando usamos roupas feitas desses tecidos, por eles justamente não esquentarem tanto. A parte ruim é que amassam demais…bom, eu amo linho amassado, acho super chique, mas quem se incomoda com roupa amassada deve odiá-lo, rs.
As fibras artificiais, como viscose, nylon, poliéster, acetato e acrílico secam rápido e não amassam tanto, mas infelizmente não deixam o corpo transpirar direito e por isso dão mais cheiro. Ah! E eu tenho medo de passá-los a ferro, prefiro usar o steamer, assim corro menos risco de perder a roupa. Outro ponto negativo é que dão as famosas “bolinhas” na roupa, deformam mais na costura e desgastam mais rápido, ainda mais nas lavagens.
Para vocês tentarem visualizar as diferenças, algumas fotos do meu vestido de seda Leeloo:
E agora um vestido 100% poliéster, da Andrea Marques para C&A:
Viram? O de seda parece (e é!) mais levinho e o de poliéster, mais rígido.
Por isso ando que nem doida olhando as etiquetas das roupas, aquelas que ficam na parte de dentro, trazendo vários símbolos sobre a forma de lavar e manter a roupa, mas principalmente a composição dela. Se é 100% tecido natural ou sintético ou se tem mistura dos dois. Normalmente, quando vemos alguma peça similar a linho em uma loja de departamento, certamente será uma percentagem como 38% linho, 60% viscose e 2% elastano. Essa mistura que caracteriza quanto vale cada peça – logicamente uma roupa 100% linho deveria custar mais caro, pois a qualidade é bem superior. Já o misturado ter uma textura parecida, alguma flexibilidade (pois tem elastano na composição), mas o toque vai ser menos suave.
Eu não resisti, amei essa, rs:
Assim como as camisas 100% poliéster: não que seja ruim você ter uma, mas não deveriam nunca custar o preço de uma camisa de seda! A qualidade não vai ser a mesma e você não vai certamente conseguir usá-la no calor. A não ser que você queira cozinhar dentro da roupa, rs! Se você mora numa cidade quente o ano todo, é muito melhor investir em camisas de algodão, linho ou até viscose, que não esquentam tanto.
Por isso que quem quiser passar uma imagem mais elegante, como em eventos, festas ou no trabalho, deve investir mais um pouquinho em peças com qualidade, principalmente no tecido. Eles vão garantir uma sofisticação maior! Então pro dia a dia é legal economizar e apostar em roupas de tecidos sintéticos ou mesclados (já que não somos ricas, rs) e quando tiver alguma reunião ou evento mais importante, ter aquelas camisas mais bacanudas, que super dá pra mesclar com calças também de tecido natural ou até sintético (o conceito do hi lo também é essa mistura de peças mais nobres com outras menos!).
E para quem pensa que precisa torrar uma grana com isso, eu digo pra olhar primeiro as pontas de estoque e bazares! Esse vestido 100% seda da Leeloo eu comprei na loja OFF da marca e custou 130,00 – mais barato que muito vestido de poliéster que eu vi por aí!
Agora, quem é mãe e precisa toda hora abaixar e pegar os filhotes, ou vive na correria de trabalho ou viagem e não quer sair amarrotada dos voos, pode e deve ter suas peças sintéticas no armário! O coitado do tecido não é vilão, rs, pelo contrário! Ele pode ser nosso aliado em muitas situações, principalmente no inverno! Peças sintéticas esquentam bem mais, lembram? Podem ser uma boa opção para cidades mais frias ou em viagens no inverno.
O bacana é prestar atenção apenas na adequação da roupa com seu guarda-roupa e suas necessidades! Assim a gente aprende mais uma coisa pra nos ajudar a investir melhor nosso dinheirinho. 🙂
Ah! E aqui uma tabelinha bacana que achei no G1, com o significado dos símbolos das etiquetas!
Para escrever esse post, consultei e aprendi com o post-mãe das gurus da Oficina de Estilo. Lá no blog delas tem tudo explicadinho, por isso transcrevo também essa parte que achei interessante, sobre tecidos planos e malha:
“tudo que tem stretch/elastano tem fio sintético na composição; tecido plano (que não estica) pode ser feito de tecido natural ou de tecido sintético; malha (tecido que estiiiiiica, tipo viscolycra, jérsei, suplex, etc etc etc) pode ter porcentagem de tecido natural, mas é quase sempre muito sintético – aqui tem toda diferença entre tecido plano e malha bem explicadinha!“
E pra quem não sabe, periodicamente escrevo, juntamente com um senhor time de blogueiras, para a fanpage da Moderm, marca super descolada de dermocosméticos! E já teve post meu sobre o assunto por lá. Aproveita para ler os outros posts com dicas da galera! 😀
Alguém quer dar mais alguma dica ou compartilhar suas dúvidas?
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