Entramos na época em que sair de casa no Rio de Janeiro se torna uma saga a não ser que você esteja indo à praia. Com um calor de 50 graus, é difícil se maquiar, se arrumar, escolher roupa ou encontrar as clientes sem ficar secando a testa loucamente com um lenço de papel, ufa!
Para mim, que sua horrores, non ecziste (hehe) outra opção que não seja uma bermudinha, saia, vestidinho e uma blusinha fresca. Outro dia saí pra comer hamburguer (péssima ideia nesse calor, rs) num lugar em que sentamos na rua e fui com um short de linho de cintura alta. Ok, é linho, mas a cintura alta foi outra péssima ideia! A barriga ficou ensopada com aquele pedaço de pano sufocando durante a comilança. Definitivamente diminuí a altura da cintura nessa estação por conta dessa experiência, hehe!
Mais cedo eu estava de saída pra encontrar uma cliente e peguei a mesma blusinha estampada e coloridona que usei nesse look para ao menos ficar interessante nessa quentura do Saara. E qual não foi minha surpresa, comecei a suar antes mesmo de sair de casa. Na rua então, um abafado, um desespero com a roupa, não é possível que esteja tão quente!
Blusinha laranja com estampas florais da Maria Filó.
Então eu tive uma epifania: a blusinha que inocentemente parecia de viscose, estava com um toque meio durinho. Levantei pra ver a etiqueta de composição e voilá: 100% poliéster (pra quem não sabe, são fibras artificiais/sintéticas, feito a partir do petróleo). Ganhei de natal, achei linda, me empolguei, estava com pressa de usar e não conferi o óbvio, logo eu!
Acreditei que teria uma peça ótima pra usar nessa estação e agora ficará engavetada até meio do ano. Peça essa, aliás, de coleção primavera/verão! Eu a usei num dia em que o calor deu trégua e não percebi esse detalhe =(
Desiludida, aproveitei para trocar um vestido que ganhei por uma blusinha quase igual a essa, hehehe (ops!) mas fui mais esperta dessa vez e olhei a etiqueta antes: 45% linho, 55% viscose (mistura de tecido de fibra natural com sintético bom pro calor, por ser feito a partir da fibra da celulose). Toque mais macio e aí sim uma opção perfeita para usar em dias como os de hoje. Saí com ela e foi aprovada, suei, mas nada desesperador, me senti mais aliviada até.
Blusinha laranja com estampas tropicais do Cantão.
Por que estou batendo nessa tecla? Principalmente porque as aparências enganam, hehe. Quando vi a primeira blusa, tão floral, nesse laranja energético que remete à estação, de tecido, claro que me iludi acreditando que seria uma blusinha de malha/viscose. Ela foi uma sacana! Atrás dessa aparência veranil se esconde uma sabotadora de aparências, uma aniquiladora da ventilação corporal, uma anti-frescor!
Como eu disse num outro post, não odeio de morte o poliéster, mas pensa só: se cada blusa tem o mesmo valor, por qual você pagaria o preço cheio ou investiria na liqui? Por uma que você pudesse usar em todas estações ou numa que vai te limitar?
Mesmo já sendo boa de toque de tecido, fui ludibriada pelo visual, haha! Um dia, com mais prática ainda, fico craque 😉 Quem aí já caiu também na aparência da roupa e depois se arrependeu?
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