Aeeeee, finalmente consegui voltar com um pouco mais de tempo a São Paulo para concluir a segunda parte do roteiro dos brechós da cidade – para quem não viu a primeira parte do roteiro, só clicar aqui. 🙂 O melhor (ou pior) é saber que a quantidade de estabelecimentos dedicados à venda/aluguel de itens de segunda mão na cidade é gigantesca, e que provavelmente ainda teremos conteúdo para a terceira, quarta, quinta partes do roteiro e por aí vai.
E sem mais delongas, que a lista é enorme, vamos lá:
Cabideria Brechó
O Cabideria eu conheci na minha viagem anterior à cidade, onde fui atender clientes de cores. O brechó já faz a linha mais contemporânea, trabalhando com coleções: quando eu estive lá, estavam liquidando a parte de inverno no segundo andar e colocando nas araras do térreo as peças que tinham a ver com uma coleção de primavera. Achei bacana isso de separar por estações!
A gente se sente numa boutique, com a vantagem de preços menores, hehe, com marcas como Bobô, Chris Barros, MOB, Farm, Antix, e por aí vai. Nessa liqui de roupas de inverno tinham várias peças a 29 reais e botas LINDAS (nenhuma meu número, aff) a 40 reais.
Também vendem muitas peças de grife como Chanel, Gucci, Versace, YSL, garimpadas e selecionadas a dedo pela dona, a Patrícia. O atendimento é ótimo, com provadores espaçosos e loja iluminada e super bem decorada.
Eles vendem também pelo instagram e pelo whatsapp, olha a oportunidade galera de outras cidades, haha!
Cabideria Brechó
Av Santa Catarina 207 – Campo Belo
Whats 11 94505-5389
11h às 19h e sábado até 18h
B Luxo
Esse foi um dos mais indicados por vocês nos comentários, mas que mais me decepcionou nesta última ida. Eu já frequentava o B.Luxo há anos, desde 2001 se não me engano, sempre com peças incríveis, um acervo super diferente e escolhido a dedo, com um ambiente moderno. Nas suas araras já garimpei peças super diferentes, como esse vestido, essa saia e essa outra saia. Todos esses garimpos não me custaram mais que 60 reais. Só que, infelizmente, muita coisa mudou desde então. 🙁
Ao invés das araras mais cheias, tudo estava mais espaçado e muito organizado. Não que não fosse antes, mas agora as araras não ficam lotadas, parece boutique. O espaço é incrível, mas infelizmente também não deixam mais tirar fotos.
Pescando algumas peças pra provar, outro susto: nada, absolutamente nada ali custava menos que 340 reais. Ok, os produtos mudaram, agora só garimpam peças realmente vintage, e muitas são estrangeiras, mas ainda assim achei assustadoramente caro. Entendo que hoje em dia deva ser bem difícil manter um espaço como aquele, mas confesso que fiquei triste.
B. Luxo
R. Augusta, 2393 – Jardim Paulista
Telefone: (11) 3062-6479
11h às 19h e sábados até 20h
De lá, fui pra Casa Juisi, próxima da rua Augusta. O Juisi by Licquor é um brechó que eu também frequentava há anos, desde 2011, e de lá saíram preciosidades do meu guarda-roupa, como essa saia e essa. Mais uma vez, nenhuma dessas custou mais que 60 reais, e mesmo sabendo que já tem algum tempo e rolou uma inflação, sempre tenho a esperança de ver algum valor compatível com a minha realidade, rs.
O Juisi fechou no Jardins, foi pra Sé (o acervo ainda fica lá, num casarão incrível), depois voltou pra região dividindo um espaço super gracinha com a marca Laundry. À esquerda ficam as peças da Laundry, e à direita as do Juisi.
Os donos também viajam em busca de peças exclusivas e diferentes para o acervo. Não avistei grifes ou marcas de luxo, mas é o paraíso para quem busca itens super descolados.
Ainda encontrei algumas peças a 60 reais, mas o preço médio também ficou um pouquinho mais caro, só que nada exorbitante: o blazer acima veio da Alemanha e saía a 200 reais, os vestidos abaixo na faixa dos cento e poucos.
O espaço é lindo e super bem decorado, o atendimento foi ótimo, oferecem até wi-fi e, eventualmente, até mandam algumas peças pelos correios, basta conversar com eles pelo instagram.
Casa Juisi
Alameda Tietê, 168, Jardins
(11) 3063-5766
segunda a sábado, não achei os horários.
Frou Frou Brechó
Localizado na área do Baixo Augusta, o Frou Frou impressiona pelo acervo: vintage, com peças divertidas, algumas beirando o kitsch. Tem de tudo por lá, até um boné da Xuxa com peruca loira, rs.
Apesar de abarrotado, tudo é cuidadosamente separado e setorizado: avistei a arara das camisas jeans, a arara das peças de grife, a dos vestidos de festa pretos, a estante com os tricôs, a prateleira com as bijuterias, e tudo ainda é separado por cores. Para quem curte peças bem vintage, lá é o eldorado, com preciosidades intercalando com itens mais atuais, como uma bota Dr. Martens e uma saia de couro Daslu.
O brechó tem dois andares e o atendimento é ótimo, feito por uma galera bem estilosa. Tem absolutamente de tudo por lá, de chapéus a camisas masculinas. Os preços não são uma pechincha, mas isso depende da marca, estado e valor daquela peça.
Frou Frou Brechó
R. Augusta, 725 – Consolação
(11) 2506-8954
segunda a sábado 10h às 19h
Varal do Beco
Toco a campainha e logo na entrada a moça pede pra que guardemos nossos pertences no escaninho. Assim que entro, o susto: é assombrosa a quantidade de roupas, organizadas, sem nenhum espaço entre elas, quase desafiando as leis da física e ocupando o mesmo lugar no espaço! Separe MUITO tempo para vasculhar esse que é um dos brechós mais famosos da cidade!
Você chega a se sentir sufocado de roupas, os corredores tanto podem ser opressores para quem não está acostumado a um garimpo, quanto fazerem os olhos dos amantes de brechós brilharem! As araras não têm limites e vão até o teto, você precisa até subir uma escadinha para alcançá-las.
Eles trabalham também com aluguel de roupas, com o valores a 40, 60 reais, por exemplo, e pedem para que se deixe um cheque caução do valor da peça, o que dá direito de usá-la por uma semana. A moça estava explicando que isso é legal porque ninguém precisa ter que ter algo para poder usar, sem precisar entulhar a casa de roupa. Tão sintonizado com o que falamos também aqui no blog, não é?
Não tem fim, e o susto foi ainda maior quando descobri que ainda tinha um segundo andar hahaha!
O estilo das roupas é daquele bem vintage, com peças de estampas e shapes marcantes das décadas, acho que não vi nada contemporâneo, tudo lembrando demais as décadas de 60, 70 e 80. Os preços são mais amigos, custando 40 a 60 reais alguns vestidos e camisas.
Essas bolsas custavam na faixa dos 40 reais:
Varal do Beco
Rua Cardeal Arcoverde, 1771 – Pinheiros
Telefone: (11) 3032-5074
segunda a sábado de 9h às 19h
Gostaram? Anotem tudo, vão e me digam o que acharam! Contem também nos comentários os seus brechós favoritos para eu completar a terceira parte desse passeio vintage. 🙂
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