Quero pedir desculpas pelo sumiço aqui no blog, mas tenho uma justificativa maravilhosa, hahaha!
Eu estou gravidíssimaaaaaaa de 15 semanas!!! ❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Perdoem mesmo o hiato, mas tive o meu último batidão de viagens (Belo Horizonte com dois dias de curso, volta pro Rio, vai pra SP em seguida pra mais dois dias de curso), e quem passou por uma gestação vai me entender: gente, o cansaço, o sono, a indisposição TRIPLICAMMMM!! Voltei segunda de SP e precisei ficar três dias de repouso, senão não daria conta!
Para compensar esses dias paradinha aqui de conteúdo, vou ccontar MUITO mais do que compartilhei no Instagram. 🙂
Agora posso falar pra vocês com sinceridade, fiquei os primeiros três meses morrendo de enjoo, mal estar, foi muito terrível. É um mal estar diferente, parece que não passa nunca, alternando enjoo de manhã, tarde e noite (ou seja, sempre, hahaha), com um total bloqueio criativo (eu sentava em frente ao computador e sentia meu cérebro derreter, era incapaz de escrever uma linha e não ter vontade de deitar). Como vocês podem ver, não está sendo fácil, hahaha!
Agora, já entrando no quarto mês, é que tenho me sentido mais disposta para trabalhar, escrever, mesmo que precisando de longas pausas e momentos de descanso. Eu sempre penso no privilégio de poder trabalhar de casa e ter essas pausas, mas imediatamente imagino o tanto de mulher gestante que não pode e eu fico com vontade de abraçar muito todas. 🙁
Mas beleza Ana, nunca vi você escrever sobre maternidade, mudou de ideia?
Recebi essa mensagem na verdade como uma afirmativa “Você dizia que não queria ter filhos”. Eu não sei se essa pessoa pegou essa minha fala de uns 10 anos atrás, quando eu não queria MESMO, até porque continuo acreditando que maternidade não é compulsória, que ninguém muda de ideia com o tempo só porque dizem ser “”””biológico”””. Eu estava em um outro momento de vida, com um casamento que eu não sentia mesmo vontade de ter filhos, onde eu sabia que teria uma grande carga mental cuidando sozinha de casa, do companheiro e de uma criança.
Lembro de perguntar pro meu ex “E aí, quer ter um filho?” e ele “Não sei”. A pergunta, na verdade, era: Por que eu perguntava isso pra ele? Mas e eu? Qual era a MINHA resposta? Eu sabia ou jogava uma questão que nem eu sabia responder?
Mas, até onde eu lembro, não é um assunto que se trata assim abertamente em um blog. Os nossos desejos são íntimos e muitas vezes nem nós mesmas entendemos o que acontece. Será que é desejo mesmo? Será que estou sendo levada por uma imposição social?
Como a maioria acompanhou, em 2017 eu me separei depois de 15 anos, fui me encontrar e entender que mulher eu era. Fui me colocar no colo, me afagar, me perdoar. Eu não poderia sequer pensar em ter filhos, sem antes compreender sobre mim mesma, sobre meus caminhos, o que era prioridade na minha vida, os meus MEDOS.
Decidir ter filhos é uma dicotomia louca. Tocam o terror sobre o assunto, como se fossem capazes de destruir sua vida, sua individualidade, ao mesmo tempo que cobram uma posição das mulheres, aterrorizando sobre um prazo de validade inventado para, mais uma vez, controlarem nossos corpos, decretarem nossa vida útil, nos tornarem fábricas de consumidores e de mão de obra. É realmente bizarro o que fazem conosco, mas foi acompanhando mulheres maravilhosas que eu vi que eu não precisava de coragem, mas de amor.
Conheci Igor e desde sempre falávamos em ter um filho. Nem ele, nem eu pensamos nisso em nossos relacionamentos anteriores, mas esse desejo surgiu como uma força, sabe-se lá de onde. Só sei que sentimos, só sei que foi poderoso demais sentir isso, tentamos e veio. 🙂
O armário cápsula da grávida
Agooooooooora que vamos ver o que é um armário cápsula de verdade, meu povo! hahaha!
Vestido Osklen comprado em bazar
Sapatilha Estudio NHNH
Bolsa de tecido
Brincos ErikaZ
Perdi 85% do meu armário e estou me virando com o que cabe, hehehe! No primeiro momento foi desesperador não ter opção de roupas, as minhas roupas, aquelas que eu já conhecia de cor, os looks curingas que eu sabia que funcionavam, todos, todos se foram.
De primeira fiquei bem chateada. Depois pensei que a vida tem dessas mudanças, que será a primeira de muitas e bola pra frente! Ainda vou escrever um post só sobre adaptação de roupas nessa fase, aguardem.
Só estou cuidando de não esgarçar as roupas que amo, de ver opções para agora e depois, enfim. Enquanto não escrevo esse post, deixo vocês com esse lookinho que AMEI, que ressaltou mais ainda a luminosidade que a gravidez proporciona. 🙂
Um beijo enorme, e prometo não falar só de gravidez aqui, hahaha, apesar de ser um blog pessoal. 🙂
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