“– Oi Ana, você pode mostrar um dia como você arruma seu closet e sua sapateira?”
Acho bacana pedidos assim. Eu mesma adoraria mostrar o quão organizada eu sou e a forma linda e sistemática com a qual eu disponho minhas coisas.
Se a realidade não fosse outra.
É normal idealizarmos sobre a vida das pessoas que admiramos. Mas ao mesmo tempo, acho importante ser sincera num meio onde muita gente aproveita para ser o que não é. Fato é que moro em um apê relativamente pequeno, e quando me mudei comprei praticamente todos os itens da casa sozinha. O armário da época de solteira morando com os pais acabou vindo junto, para eu economizar. E o coloquei como último item da lista de prioridades. Sendo assim, o espaço que me cabe para o tanto de roupa que tenho, é meio ridículo.
O closet organizado dos meus sonhos *suspiros*
Tenho bastante roupa, não só por gostar de comprar vez ou outra, mas por herdar muitas da mãe e da tia, que enjoaram delas, da vó, que faleceu há alguns anos e tinha um bom gosto de invejar, e de outras que vieram por conta do blog. É preciso muito auto controle para não se deixar levar pelas modas, hits, tendências e tantos must haves do momento e assim abarrotar mais ainda um armário que não tá dando conta. Compro praticamente só em época de liquidação e fora dela eu evito ao máximo comprar, sendo que me policio em adquirir no máximo 2 ou 3 peças quando tô realmente podendo, mas evito comprar para justamente acumular mais coisa e gastar o meu rico dinheirinho sem necessidade.
Toda semana eu arrumo o armário por conta da bagunça gerada pela falta de espaço. É chato ter que tirar roupas e roupas toda vez que eu quero testar algum look, cansa ver a cama zoneada com tanta coisa em cima. Por mais que eu siga a regra de, ao comprar algo, uma peça do guarda-roupa tem que sair, a conta nunca equaliza. Mesmo doando sacolas e sacolas de roupas para instituições, outra sacola de doação acaba surgindo no lugar daquelas. Hoje em dia estou aprendendo a ser mais crítica, pois sei melhor o que quero para o meu estilo mas antigamente pensei demais em quantidade e muitas vezes eu esqueci que qualidade é fator mais que essencial. De que adianta ter tantas calças esquecidas dentro do armário? Ou esperar o momento certo para usar determinado casaco, se aqui no Rio quase nunca faz temperaturas abaixo dos 17 graus?
Já até expressei aqui meu desejo por simplificar.
Uso praticamente tudo que tenho por conta do blog, mas o mesmo blog me desperta um desejo de acompanhar o que acontece de novo. De ser a vitrine para ideias de quem não pode gastar muito. E já parei diversas vezes para pensar: preciso de tanto?
Eu encaro meu armário como um acervo. Tem de tudo um pouco e eu gosto disso. Acho o máximo pensar que apenas 2 ou 3 peças dele custaram acima de 200,00. Que de fato consegui muita coisa pechinchando, garimpando. Mas certos momentos precisam de uma pausa, do quanto eu já tenho e isso ser suficiente para garantir meses, e por que não, anos de combinações inéditas. A Jojo é um excelente exemplo.
Vez ou outra eu discuto aqui sobre um pensamento constante cada vez que abrimos o armário: “eu não tenho roupa”. Fico horas parada em frente, pensando que, mesmo com tanta opção, eu não tenho opção nenhuma. Por onde começar? Qual calça vestir? O fato é que ter muita coisa acaba confundindo mais do que ajudando.
Depois de tanto pensar se eu falaria isso aqui ou não, achei que seria importante, pois muitas meninas devem passar pela mesma situação. Estou começando um movimento na minha vida de simplificar e, apesar de gostar de consumir moda, tentar ser menos impulsiva. Inclusive, estou em busca de móveis que ajudem a otimizar o espaço lá em casa, e repensando meu espaço, para deixá-lo organizado…minha vó tinha uma cômoda que certamente vai me ajudar nessa missão.
Vou separar algumas dicas de organização para, juntas, colocarmos em prática. Em breve eu colocarei essas ideias aqui no blog, mas, enquanto isso, outras dicas serão bem-vindas!
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