Repostei no instagram esse post do blog, em que mostro como podemos adaptar os looks muito básicos para uma versão profissional com pouca grana. Quem nunca passou por isso recém saído da faculdade, ou de um tempo afastado do mercado, ou de passar a considerar novos olhares sobre si mesmo como algo importante no momento?
Dá pra fazer isso com o que se tem e sem dispender muito dinheiro, mas os looks dessa postagem foram questionados pela galera das cidades quentes, com toda a razão: todos tinham a proposta de uma terceira peça, o que dificulta no calor.
Bom, mesmo o Rio sendo ultra quente, aqui ainda temos períodos de respiro e que possibilitam brincar com uma jaqueta ou um blazer. Mas e no Norte-Nordeste, que é calor o ano todo?
A ideia aqui foi apontar algumas dicas para tirar o básico do simples, para que a caminhada pelo encontro do estilo pessoal profissional seja mais leve. Seja com jeans mais levinhos, com saias, calças de tecido!
Tecidos leves/frescos!
Sabemos que o poliéster acaba com a nossa alegria, mas parece que a maioria das roupas de trabalho são oferecidas nessa fibra – ou, pior, o forro! Então é válido pensar em peças de algodão e viscose, que sejam mais soltinhas, inclusive. Olha a etiqueta interna e repense ao observar uma composição sintética.
Acessórios!
Só tem jeans e camiseta no armário? Manda ver num colarzão ou brincão, mas repara que os que eu escolhi não são de metal – esse material GRUDA que é um horror na pele suada! Além de cordões mais compridos, as bases são naturais ou de corda/tecido, desses coloridos, com pedras bacanas. Mas peças de presença ou então coloridas, sendo o ideal é que a qualidade seja boa. Custam menos que roupas e são mais fáceis de encontrar e de adaptar a diversos corpos.
As fotos a seguir são antiiiiiigas, lá do começo do blog, em 2010, e eu estou básica, só deixando a roupa mais interessante com um colarzão e uma sandália de estampa de onça. A camiseta veio da C&A, inclusive, e custou 15 reais na época. O colarzão era da minha avó.
Cores!
Em ambos os looks, o de cima e o de baixo, eu estou de camiseta de malha. Mas reparem como as cores das estampas e da mistura com a saia, ajudaram a deixar os visuais mais interessantes? Mesmo num ambiente mais formal, dá para escolher cores em tons mais fechados, como azul marinho, verde escuro, musgo, petróleo, vinho, ou então em tons claros, como bege, areia, rosados, amarelinhos.
Nesse post tem dica de coordenação de cores. Mas olha como o bloco de cores é um recurso simples, que exige poucas camadas, mas ganha em presença e força, só pela coordenação cromática!
Estrutura
Falei no instagram de blusas estruturadas e também queriam saber como é. Bom, são peças normalmente de tecido plano, que tem uma trama diferente da malha, ele não estica (a não ser que tenha elastano na composição, mas no geral a trama é mais fechada, não deixa esticar), então o caimento fica mais composto, estuturado, e não desabadinho como na malha.
Também aplico o termo a blusas cuja modelagem as deixe mais armadas, seja na gola, nas mangas ou no corte como um todo.
Masssss as malhas também podem ter a sua estrutura! No look abaixo a blusa é exatamente assim – apesar de entender que ele possa não ser o melhor exemplo de look para ambientes profissionais que não o da galera de Humanas, mas era a minha única foto de look com ela –; a malha é mais grossinha, sabem? É de algodão e o tecido tem uma trama mais grossa, o que já ajuda também nesse quesito. Ou então com mangas mais amplas, ou com uma gola diferente…
Então, se você tem muita camiseta, testa as desse tipo com calça de sarja, com saia midi, com jeans e algum sapato tipo oxford, mocassim, um colar colorido ou brincos.
Alfaiataria versão tropical
Camisas clássicas, mas na versão sem mangas, olha aí! Essa minha era de uma coleção da Calvin Klein para a C&A, de algodão, com tecido mais estruturado, gola, botões…mas sem mangas! Uma versão genial para o calor dos trópicos.
Pensei até em transformar alguma camisa parada no armário tirando as mangas, será que rola? :-O
Terceiras peças sem mangas!
Eu sei, eu sei muito bem que nos duzentos graus do calor não dá pra pensar em sobreposição. Mas vai por mim, ninguém precisa andar na rua vestindo elas! Eu levava no braço ou numa bolsinha e, quando chegava no santo ar condicionado do escritório, eu colocava! 🙂
Ou tenta então um colete bem levinho, sem forro, de linho ou algodão, uma camisa leve sobreposta, um kimono soltinho.
Tomara que essa versão calor vida real, sem muitos deslumbres, ajude quem está na pendenga de se acertar com o armário! E confesso que achei o post desafiador, galera.
Deixe um comentário