Como vocês viram aqui, recentemente estive em São Paulo para estudar: fiz um curso para aperfeiçoar meus conhecimentos em cores. Eu os tinha como designer, só que dessa vez foquei para estética pessoal, para complementar meu conhecimentos. Queria entender melhor por que algumas roupas eu conseguia usar tranquilamente, enquanto outras eu vestia e, imediatamente após, tirava. Lembram da minha cisma com marrom?
Claro que eu sabia que poderia ser por conta da cor, mas queria entender melhor o por quê e, principalmente, ter essa consciência na hora de aplicar cores às minhas clientes de consultoria de estilo. Afinal, a gente lê em mil sites e revistas a seguinte frase: “Militarismo é tendência”. Aí você sai que nem uma louca atrás da sua parka militar, porque, né, quer ficar alinhada com a tendência, curtiu o estilo, se apaixonou pelos looks. Ok, sem problemas quanto a isso. O grande lance é que você chega em casa, monta um look…e tira a parka. Tenta no dia seguinte com outro look…e tira a dita cuja de novo. Você simplesmente não consegue sair com ela e fica sem entender o motivo! E aí vem a dúvida: será que não estou conseguindo montar looks adequadamente?
O exemplo acima aconteceu comigo na prática. Nunca me entendi com verde musgo, verde militar e afins, mas insistia nas cores e cismei em comprar uma parka. Fotografei 2 looks pro blog com ela e ficaram tão horrorosos que nem tive coragem de publicar. Aí tive a ideia de colocar uma cor que eu amava, forte, contrastante, por baixo e, plim!, deu certo!
Na prática, durante o curso, testamos com tecidos de cada cor cobrindo o colo de cada uma, bem próximo ao rosto. E aí percebemos o efeito daquela cor na nossa pele. À medida que avaliávamos, fazíamos o diagnóstico do tom de pele da pessoa: se era harmonia quente, fria ou intermediária! A partir desse diagnóstico, víamos as possíveis cores que combinariam com o tom de pele da pessoa, as que não combinavam tanto e as que definitivamente deveríamos evitar, por não destacarem positivamente nosso rosto e por ressaltarem a cor complementar dela, deixando um reflexo azulado, arroxeado ou amarelado no nosso rosto.
Eu descobri que sou harmonia fria. Sou branca com fundo rosado, o que significa que combino mais com tons de prata e cores frias, como tons de azul, cinza, verdes azulados e roxo. Como tenho o rosto com alto contraste, ou seja, cabelo, olhos e sobrancelhas marcantes, também “seguro” cores intensas, como magenta.
Pessoas de harmonia quente tem mais amarelo na pele e se bronzeiam fácil; combinam com tons de verde militar, bege e cores quentes, como amarelo e vermelho, além do dourado. Para minha tristeza, eu, que AMO laranja, descobri que não fico tão bem nessa cor. Como tem muito amarelo na sua composição e eu sou harmonia fria, acaba não sendo uma cor incrível pra mim.
As intermediárias, que transitam entre as duas harmonias, acabam combinando com tons de amarelo e cores que ressaltem o amarelo nas suas composições.
Vou confessar que ainda acho que o laranja fica bem em mim, hahaha, mas como não tinha fotos dos testes das cores que não me favoreciam, então selecionei essas duas. Esse bordô é uma cor-padrão que favorece tanto quem é fria como quem é quente. Tipo um coringa das cores! Eu fiquei bem na maioria das cores, por causa do alto contraste do meu rosto, mas o laranja não é uma que me deixe incrível, só isso.
Mas e aí, o que faço se eu quiser usar laranja? Ou jogo minhas roupas laranjas fora?? Ahhh!!! Bom, sem drama! Nesse caso, dá pra usar um lenço ou maxi colar em uma cor que me favoreça mais próximo ao rosto (como azul, por exemplo!) ou uso esse laranja em uma estampa que mescle cores que me favoreçam! Ou então usá-las longe do rosto, nos bottons: calças, saias, ou detalhes na bolsa e acessórios.
Entendi que verde militar, verde musgo, verde oliva e todos esses tons de verde com mais amarelo ficam bem em pessoas que são harmonia quente – ou seja, que já tem amarelo na pele! E eu, com meus tons de rosa, fico de fora mesmo. Ou recorrer ao que eu já fiz: coloquei uma camisa pink por baixo, para criar um contraste bacana e favorecendo meu tom de pele!
O mais bacana de saber a sua cartela de cores, é perceber que a cor certa pra você te ilumina; você recebe elogios, destaca o olhar. A cor que não favorece ressalta possíveis manchinhas e refletem tons na pele que nos deixam apagadas. Mas o melhor foi também saber que nada é impeditivo! Se você ama determinada cor que não te favorece, alguns artifícios podem ser empregados, como o exemplo do lenço que falei acima ou maquiar o rosto em tons que conversem com aquela cor e assim gerem uma harmonia maior. Geralmente a cor dos seus olhos também é uma boa escolha para a cor das suas roupas!
Dos neutros, só confirmei minhas suspeitas: fico excelente de preto e branco e péssima de marrom! AHÁ!!
Isso é importante pra termos mais consciência na hora de comprar, sermos mais acertivas e descartarmos o que já sabemos que não vai nos favorecer. Ou seja, nem toda tendência deve ser seguida! Quem quiser pode fazer também um teste simples em casa: coloque um tecido prata e outro dourado, cada um por vez, próximo ao rosto, de preferência na luz natural, do dia. Perceba qual tom te favorece mais e qual “apaga” no tom da sua pele. Se o prata destacar mais seu rosto, possivelmente você é harmonia fria; se for dourado, harmonia quente.
Então, o ideal é que cada uma de nós tenha conhecimento das cores que te favoreçam, para termos um direcionamento melhor nas nossas aquisições fashion. E para usarmos cada vez mais a moda ao nosso favor. 🙂
Não sei se ficou claro, mas é que o assunto é muito extenso e nem deu pra explicar tudo! Mas espero ter ajudado em algum aspecto. 🙂 E quem quiser saber mais sobre o curso que eu fiz, o link é esse aqui.
Fotos no curso gentilmente cedidas por Flávia Melo.
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