Na sexta eu fui pra Belo Horizonte para facilitar (amo essa palavra, haha) o workshop de cores na capital mineira. Fui exatamente com essa roupa aí da foto, tirando o scarpin, que eu troquei por um tênis com brilhos estilo slip on.
Passeei pelas ruas, fui até o Mercado Central bater um PF de feijão tropeiro com couve e ovo frito, comi de colher sentada no balcão defumado de fumaça da cozinha, comprei queijo, fui até o mercado providenciar as comidinhas do workshop, terminei a noite bebericando chá e comendo pão de queijo. Tudo isso com a roupa aí da foto, brilhando e reluzindo pelas ruas, me sentindo linda até enchendo a boca com cada colherada de tropeiro.
Poderia ter escolhido outra roupa pra bater perna? Sim, com certeza. Eu quis outra roupa que não fosse essa? Não! E aí que está o grande lance de nos vestirmos pra nós mesmas e tornarmos esses momentos divertidos e especiais: temos livre arbítrio sobre nossos corpos, o nosso conforto e o que é considerado adequação ou não para a sociedade.
Eu poderia ter esperado outra situação para usar o look, talvez algum evento, um encontro com as amigas à noite, mas eu apenas optei por não esperar o momento certo pra vestir o que eu quero vestir….naquele momento!
Obviamente tento conciliar praticidade e versatilidade da roupa em questão, ainda mais se vou viajar, mas tenho andado farta de abrir meu armário com tanta roupa que eu gosto, que acho super legais e interessantes, e confiná-las na escuridão porque não encontro a ocasião apropriada para cada uma. Roupa não me veste apenas, mas mostra muito do que sinto no dia, do quanto eu quero me divertir, das ideias que eu gosto de passar.
Moletom Joulik para C&A do ano passado
Saia Jardin
Scarpin Santa Lolla hiper antigo
Bolsa Adô Atelier hiper antiga
Brincos Montageart
fotos: Denise Ricardo
Estou aproveitando também o nosso breve inverno para conseguir usar aquelas peças complicadas de conciliar com o calor carioca. Por isso dá-lhe looks com essa saia – to usando direto e todo dia praticamente –, com esse moletom (que a cada usada os paetês despencam, um saco isso, mas continuo vestindo mesmo assim) e mais um tanto de outros tricôs e brilhos que não precisam esperar muito. Basta eu sentir vontade de reluzir por aí e pronto! 🙂
Considerando o ambiente de trabalho e o estilo de vida de cada pessoa, eu sei que não dá pra sair por aí com tudo que queremos naquele instante. Mas pensa que pequenos detalhes como acessórios, sapatos e bolsas, que estão aguardando a sua vez de verem a luz do dia também podem representar com maestria esse desejo de nos vestirmos de nós mesmas sem essa interferência forte do outro sobre nossas escolhas.
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