Demorei pra falar de Forever 21 por dois motivos. Primeiro, sendo bem sincera: a histeria coletiva por conta da sua inauguração encheu meu saco, rs. Sério, me deu um bode bizarro de tanta gente falando sobre, que eu só queria falar no blog quando tivesse alguma abordagem um pouco mais diferente. Segundo, não irei tão cedo porque não quero gastar dinheiro lá, não quero contribuir com mais consumo enlouquecedor nesse momento e estou bem tranquila quanto a minha decisão. 🙂
Mas não tem problema a gente ir nas lojas conhecer e comprar uma ou outra coisa legal, zero crise nisso! O lance é que eu não estou nessa vibe. Quando eu sentir desejo (que é o foco da Forever: tendências) e quiser pagar menos por algo que esteja nos modismos, aí farei a escolha. No mais, já fiz compras recentes e estou optando por um consumo mais slow, mais consciente. 😉 Não é fácil, mas a gente consegue, só tem que assumir essa postura.
E não tem como ignorar os fatos: a Forever 21 virou a redenção e a resposta implícita de várias pessoas cansadas de pagar caro pela baixa qualidade oferecida no nosso varejo. Como eu disse nesse texto, tornou-se o oásis em meio a tanta alta de preço. E é o que estamos vendo aí, filas intermináveis, tanto pra entrar, quanto pra pagar e pra provar roupa. Ok, também tem muito hype aí, não?
Como a loja carioca fica num bairro mais distante e meu problema de coluna não me permite ficar tantas horas em pé, rs, quando vi esse post da querida Renata Freire, do blog Design e Moda, eu achei a cara da linha editorial que tento manter aqui. Pedi autorização e publico a boa análise que ela fez, ao comparar os preços dos mesmos produtos aqui e lá fora, além da suas considerações em relação ao custo-benefício e qualidade.
“Depois que eu vi as notícias sobre a confusão que foi a inauguração da loja em SP eu já tinha desistido de ir a loja aqui no Rio nos primeiros dias. Mas aí eu fiquei sabendo que a loja carioca já estava funcionando na sexta, antes da inauguração oficial, e como o shopping fica ridiculamente perto da minha casa eu resolvi dar uma passadinha por lá e arriscar, contando que a maioria das pessoas ainda não sabia que estaria aberta.
Bem, a notícia foi se espalhando rápido e quando eu cheguei ao Village Mall, por volta de umas 16h já tinha uma fila de umas 50 pessoas na porta. A fila andou super rápido e em menos de 10 minutos eu já estava lá dentro! Entrar foi até fácil, mas o difícil foi sair. Depois de ver tudo com muita calma e selecionar o que eu mais gostei, enfrentei quase 2 horas de uma fila interminável para pagar! Eram poucos caixas e o sistema para o pagamento em cartão estava super lento, o que piorava ainda mais a situação.
Os preços baixos são uma realidade! As blusinhas básicas de alcinha de R$8,90 e as calças jeans de R$34,90 realmente existem! Saias, leggings e t-shirts, também por R$34,90 e vestidinhos e camisas de malha por R$44,90. Essas são as peças “carro chefe” da loja, mas não devemos nos iludir, a grande maioria das peças custa mais do que isso! Eu gostei de muita coisa, mas todas as peças de roupa que eu escolhi custavam mais de 60 Reais. As peças mais caras que vi na loja foram as bordadas, blusinhas e shorts, ambos por R$130,90 cada.
Agora chega de enrolação e vamos ver o que eu comprei e quanto custou cada peça:
A primeira peça que eu peguei assim que entrei na loja foi essa saia longa estampada. De cara já me assustei um pouco com o preço, R$92,90 mas resolvi experimentar e ver como ficava no corpo (torcendo para ficar ruim). A saia vestiu super bem, adorei a estampa e o modelo e acabei levando. Acho que uma saia como essa em outra loja desse segmento aqui no Brasil custaria mais ou menos o mesmo valor.
Fui pesquisar no site da Forever e encontrei exatamente essa mesma saia! Lá no no e-commerce ela originalmente custava U$24,80 e agora está na promoção por U$16,99. Fazendo as contas, considerando o preço original da peça nos EUA e o dólar a 2,46 a saia custaria cerca de 61 Reais, mas como existem as taxas de importação chegamos ao valor final que eu paguei. Acabei gastando em torno de 30 Reais a mais do que eu gastaria se tivesse comprando lá fora.
Lembrando que o site da Forever ainda não vende para o Brasil, mas agora como a inauguração das lojas físicas no país pode ser que isso também venha a acontecer. Na Colômbia pelo menos, foi assim.
Na sequência escolhi essa calça também com estampa floral. Modelo soltinho estilo “pijama pants” e tecidinho gostoso, Viscose, eu acho. Adoro esse modelo de calça bonitinha e confortável, ótima pra mim que trabalho me movimentando e preciso sentar no chão, abaixar, levantar, subir em coisas…. tudo por uma boa foto! Paguei R$63,90 e uma calça semelhante na Forever lá fora custaria cerca de U$19,80 (não encontrei o mesmo modelo no site).
O próximo item que eu trouxe pra casa foi o vestidinho preto e branco estampado, tamanho PP (amo!) e que também custou R$92,90. Esse eu realmente achei que valeu muito a pena porque é super bem feitinho e o tecido é de boa qualidade, tem um corte legal e aqui no Brasil eu não encontraria um vestido semelhante por menos que 100 Reais, nem na Renner!
Encontrei ele no site da Forevis e custa U$24,90 exatamente os mesmos valores da saia longa!
A última peça de roupa que eu comprei foi mais um vestido, mas esse de malha (boa) e com uma estampa bem diferente, de pied-de-poule preto com dourado. Simplesmente amey, vestiu super bem e achei ryco! Hahahahahaha. Paguei R$63,90 e também achei um preço justo em comparação aos valores das nossas outras fast fashions nacionais.
Adorei que a Renata fez uma análise ponderada de quanto estava pagando cada peça e percebeu caimento e material antes de levar. Quem quiser ver mais fotos e ler mais impressões, basta acessar o post original da Rê!
Aí uma amiga mandou esta matéria do Estadão, que após alvoroço da estreia, o próximo desafio da Forever 21 será manter os preços baixos no país. Segundo analistas do Itaú BBA, o brasileiro tem fascínio por importados, por isso as filas tanto na F21, quanto Sephora e Apple. Afirmam ainda que a estratégia de preços da varejista americana pode ser “potencialmente negativa para as varejistas brasileiras no médio e longo prazo”.
“Especialistas em varejo entendem que a oferta de preços baixos foi uma estratégia de marketing para “fazer barulho” na estreia no Brasil, mas preveem reajustes. “Essa política de preços é uma estratégia de chegada, que será impossível manter”, disse o consultor em varejo Julio Takano. “Ela deve se manter no ‘fast fashion’, mas seus preços devem convergir para o mesmo patamar das varejistas que já atuam aqui, como Renner, Marisa e C&A”, completou Marinho.”
Vamos acompanhar. Qual é a opinião de vocês?
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