Voltei de Praga, pessoal! Ainda quero sentar e escrever com calma um post sobre como foi essa viagem tão especial, uma ruptura necessária na rotina insana que assumi nos últimos tempos e que estava acabando comigo. Mas, como ainda estou zonza da viagem, hehe, vou começar pelo mais fácil e palatável pra mim, as lojinhas e looks que provei por lá!
A saga do casaco de frio
Estava um frio do peru e eu fui muito ingênua de achar que as minhas pobres roupas seriam suficientes para encará-lo. Montei looks e looks para, no final das contas, não usar nenhum e pedir arrego nas lojas para comprar um casaco realmente decente pro frio. E luvas. E touca. E meia. Sim, eu levei luvas, toucas e meias, mas não foram suficientes para aquele frio. Eu estava com roupas térmicas, mas parece que, pra uma carioca que estava acostumada a se agasalhar com módicos 20 graus (HAHAHAHA), -7 graus era uma barra pesada para aguentar apenas com isso.
Sabem aquelas fotos de pessoas no meio da neve e tals com casaco aberto, salto alto e sem luvas? FALÁCIA! HAHAHAHA! Sério, era humanamente impossível conseguir usar um casaco aberto, não esconder o rosto em meio a mil cachecóis no pescoço e nem tremer as mãos ao tirar as luvas pra uma foto. A não ser que você esteja acostumada com o frio ou seja uma local, não rola, mesmo, haaha!
Pedi pelo amor de deus pro marido (que não estava sentindo o mesmo frio, hahaha) pra rumarmos pra uma loja em busca de um casaco que realmente aquecesse e de calças que servissem em mim – usando 3 camadas de roupas, não tinha calça que fechasse ou ficasse confortável.
Confesso que fiquei muito frustrada de não me sentir arrumada, mas não dava pra exigir tanto de quem estava batendo queixo de tanto frio. 🙁
Rodei as lojas fast fashion, que oferecem as opções mais viáveis: Mango, H&M e Zara. Vi algumas marcas locais, mas todas eram muito, mas muito mais caras. 🙁
Graças às dicas das leitoras no instagram, recebi as orientações de casacos porretas, apesar de ter torcido nariz pra TO-DOS. Não conseguia aceitar o fato de usar um casaco doudoune (em breve falarei sobre ele!) e me parecer com um boneco da Michelin, achava todos grandões demais pra mim, comecei a ficar angustiada de perder tempo de viagem dentro de loja em busca de casacos que eu usaria apenas por uma semana e escolhi o menos pior, na Mango rs.
Não amei de paixão o casaco que escolhi, principalmente por não ser acinturado e nem ter ombros marcados, mas foi o modelo mais plausível e que resolveu lindamente meu problema com a friaca – normalmente eles têm forro de pena de pato (ai). Com ele, eu me livrei das camadas e pude usar até uma malha por baixo sem me arrepiar. Mas na real, na real, eu gostei de outros modelos, só que não sabia se eles teriam o mesmo sistema de aquecimento do que eu escolhi. Pareciam mais comuns, entendem? Aí desisti.
Comprei também uma calça mais em conta de dois números acima do meu, para caber tanta camada de meias térmicas, rs!
Aliás, eu sei que foi um investimento necessário e ele nem foi caro perto dos valores aqui no Brasil (custou pouco mais de R$400) e que será um casaco pra vida, etc, mas ainda assim dói meu coração por gastar com algo que vou usar vez ou nunca.
E olhem que procurei por casacos em brechós em SP, mas não eram específicos pra esse frio, nem consegui pedir emprestado. Minha sugestão é essa: se empenhem mais do que eu para conseguir um emprestado!
Mas, à medida que os dias iam passando, você se acostumava um pouquito com a friaca bizarra e dava um siricutico de comprar vários casacos, tricôs, pelerines! Hahahaha! Mas a realidade é dura e só ontem já fez sensação térmica de 49 graus aqui no Rio de Janeiro, hehe!
Aguardem que em breve teremos post sobre roupas pro frio europeu. e onde eu quebrei a cara 🙂
Conhecendo a Cos
Se tem uma loja que ganhou meu coração, essa loja foi a Cos, marca britância (se não me engano) premium do grupo sueco H&M presente em dezenas de países. Meus olhos brilharam quando a avistei sem querer! Babo nas roupas estruturadas dos lookbooks, com estilo mais arquitetônico – saias e calças amplas, mangas com dobraduras – e cores lisas, quase como básicos não tão básicos.
Ao provar as peças, que diferença! Caimento impecável, qualidade vista de longe, materiais muito bons (vários de fibras naturais como seda, lã e algodão), peças clássicas que quase não encontramos por aqui, como uma simples camisa de algodão.
Não é uma marca barata, mas também não é caaaara, cara: o vestido custava 89 euros e a blusa de lã, 69 euros – e ainda reembolsam tax free. Preços de muita loja mequetrefe que cobra os zóios da cara por uns paninhos de nada. Provei algumas peças que eu dificilmente encontraria igual por aqui, roupas com shapes mais diferentes.
A loja tinha dois andares e seguia bem o esquema desses países: você fica à vontade para pegar as roupas, escolher e provar; a vendedora/o vendedor só entram em ação se você solicitar. A marca também tem coleção masculina e é tudo lindo de doer. Depois eu vi que eles tinham casacos ótimos pro frio, mas aí já custavam uma pequena fortuna, rs.
Brechó Tcheco
No último dia, entrando em uma rua diferente do trajeto, descobrimos uma loja second hand, a Textile House! Não tive tempo de procurar saber sobre os brechós tchecos, mas adorei que o destino sempre me deixa no caminho de algum 😉
A loja era espaçosa, abarrotada de casacos e jaquetas de frio (inclusive casacos de pele…) e estava com várias araras com desconto de 20%! Os vendedores ficavam o tempo todo anunciando alguma coisa em tcheco que eu não compreendia, logicamente, hahah! Não avistei nada incrível, a maioria dos produtos eram de lojas fast fashion, mas gostei desse casaco/vestido estampado mais leve e, com o desconto, saiu em torno de 16 euros.
Achei meio caro, mas acho que depende da época de promoções e descontos de lá.
Curiosidades fashionísticas
– Era um SACO tirar toda aquela roupa pra provar roupas! Nossa, eu fiquei bem irritada de arrancar tantas camadas, hahahaha!
– As tchecas usam muito bota com salto e bolsas estruturadas! Algumas pareciam saídas do Sartorialist, super elegantes (só vivendo lá pra conseguir ser elegante naquele frio!) e arriscavam mistura de cores nos looks, como azul marinho e mostarda, ou roxo com azul.
– Quase ninguém usa acessório, também, pudera: você fica o tempo todo encapotada com casacões, toucas, luvas e echarpes, que podem se enroscar facilmente nos colares, brincos, pulseiras e anéis. Por isso avistava alguém com um mini brinco, e só.
– Achei botas e sapatos muito caros por lá. E, no geral, bem estranhos, com pouca variedade.
– É muito comum terem lojas especializadas em meias e meia calças, que são praticamente um dos poucos adornos nas produções! Tinham estampadas, coloridas, rendadas, com brilhinhos e de diferentes materiais, como cashemere! Comprei algumas numa loja chamada Calzedonia.
– Para minha alegria e identificação, muitas mulheres adotam o cabelo curtinho, colorido e com undercut! 🙂
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