Às vezes eu encho o saco de saias, não sei vocês; tem momentos que desejo a praticidade das calças – aliás, sempre disse aqui que me sinto mais arrumada com elas! – por isso eu tenho olhado com mais carinho para as bermudas, principalmente as de alfaiataria.
Essa eu ganhei e adoro a forma dela, numa modelagem impecável, de caimento incrivelmente elegante. Massssss, estava com dificuldade de coordenar looks com ela, sem muitas ideias. Até que, num dia de produção com meus assistentes aqui em casa, eles vieram com essa proposta de pele à mostra na transparência das blusas. Curti a ideia, principalmente por trazer leveza em contrapartida à estrutura arquitetônica da parte de baixo.
Ambos seriam looks que eu usaria certamente para trabalhar e aí entra um pouco aquela questão de transparência em ambientes corporativos ou momentos profissionais. Vocês verão que as duas blusas também têm um “peso”, são mais fechadas, com blusinhas usadas por baixo, garantindo a adequação. Quem curte também um quê sexy no estilo pode fazer valer desse artifício, para não precisar de vestir de outra pessoa que não seja ela mesma em todos os momentos da sua vida. 🙂
Lembram do post em que falo que preto combina com outras cores neutras, por ser uma não cor – já que ele é a ausência de cores? Os pontos de cores ficaram apenas nos detalhes da blusa, criando outro tipo de contraste, valorizando mais a parte de cima do meu corpo, onde gosto sempre de dar mais ênfase, já que sou menor aí.
Olhem também como ele coordena bem com o cinza da bermuda, criando essa transição suave, sem muita divisão da parte de cima e de baixo, não deixando, assim, a bermudona ampla achatar a silhueta (ponto pro sapato de decote deixando as pernas também alongadas!).
Blusa Jardin
Bermuda Fernanda Yamamoto
Scarpin Santa Lolla velho de guerra
Brincos Luiza Dias 111
O segundo look traz outra blusa beeeeem mais transparente, mas com corte mais reto e amplo, fechadinha em cima, com um tye die mais contido e a camisete bem comportada por baixo.
Aliás, eu amo essa blusa de seda, de um fornecedor que não mata os bichinhos e ainda é tingida com pigmentos naturais, que não poluem. Ela só demanda mais cuidados, como uma lavagem à mão com sabão de coco, mas é o tipo de peça que eu cuido, protejo e amo pelo seu processo de produção.
Blusa Flávia Aranha
Bermuda Fernanda Yamamoto
Scarpin Santa Lolla velho de guerra
Brincos Luiza Dias 111
Fotos: Denise Ricardo
Produção: Manuella Antunes e Philippe Rudnick
Outra máxima que quebramos nesses looks foi de se colocar peças mais sequinhas e ajustadas quando a outra peça do look é ampla.
As duas blusas são mais retas e também amplas, mas eu lanço mão do truque de sempre prender uma parte delas – ou na frente, ou na lateral, deixando cair em diagonal (bom pra disfarçar barrigas proeminentes) – para marcar a divisão da cintura, que é uma parte mais fina do corpo naturalmente. 🙂
O primeiro look eu usaria numa meia estação, já que a blusa é de poliéster e o segundo certamente será a minha escolha pra esse verão, com a blusa de seda, fibra natural que deixa o corpo suar livremente (expliquei essa questão toda no meu último podcast sobre fibras têxteis!).
Massss eu achei o primeiro look a minha cara, e vocês? 🙂
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