Falei há algum tempo do mito do pretinho básico e, por ser acromático – ou seja, é uma não-cor – cores mais vibrantes podem destoar quando usadas com ele. Sabe água e óleo, quando cria uma diferença muito grande, não se misturam, não é suave passar o olhar? Então.
Cor é o primeiro elemento que percebemos
Tem uma explicação científica: nosso cérebro capta primeiro como informação as cores, depois que percebemos detalhes, formas, desenhos. Se cor é o elemento que vem antes de todos os outros e até usamos como referência (“estou com uma blusa azul”), faz sentido criarmos o máximo de harmonia nos nossos looks, né? 🙂
O que aprendi, uso e repasso pra galera dos workshops é de criar uma transição entre a cor e a peça preta, coordenando com outras cores neutras, que funcionam melhor com o preto: marinho, marrom, caramelo, verde musgo, cinzas, beges, vinho, branco. Pode ser na terceira peça, um cinto nessas cores, uma outra parte do look que não deixe só a combinação preto + cor.
Eu não uso muito cinto, então minha estratégia foi o quimono em uma cor neutra:
Saia e quimono da Enjoy, blusa azul da espaço fashion e a fúcsia de brechó. O colar é da minha coleção com a Josefina Rosacor.
Cores combinam melhor com cores, pesa menos no visual e ainda deixa tudo mais suave e criativo.
Nos exemplos estou com parte de cima colorida + partes de baixo pretas – o kimono de cor neutra foi a cereja dessas combinações, assim como o batom e os acessórios. 🖤
E claro que ninguém tá errado de não usar cores assim, isso é só uma luzinha pra plantar na cabecinha alheia ideias para novos repertórios, porque cor é um recurso muito maneiro e econômico pra não ser usada ao máximo hahahaah!
Deixe um comentário